domingo, 6 de setembro de 2009

EXERCÍCIO XIII - ESTUDO DO PROGRAMA DO CDS-PP RELATIVAMENTE À EDUCAÇÃO...

1. “Para o CDS é evidente o excesso de peso do Ministério da Educação, a acção asfixiante do Estado, a falta de uma cultura de responsabilidade e de exigência, a ausência de liberdade de escolha para as famílias e a exiguidade da autonomia”.
QUESTÃO: Isto não significa, basicamente, defesa da privatização total do ensino? Quais as vantagens desta privatização?
2. “Tudo com a liderança de um Director de Escola e de um conjunto de órgãos com estrutura simplificada, aberto à sociedade, valorizando o papel dos pais e co-responsabilizando a comunidade, e com competências bem definidas. O Director da Escola deve ser professor. Garante, após formação própria e especializada, a gestão profissional dos vários recursos existentes na escola. Por essa via as escolas serão dotadas não só de maior autonomia, como também de crescente responsabilização”.
QUESTÃO: Isto não é, basicamente, o que o PS tem feito e pretende continuar a fazer?
3. “Deve existir um sistema de avaliação das escolas que tenha como ponto central a vertente pedagógica. Defendemos um sistema geral de avaliação na Educação que abarque as políticas educativas, as escolas, os alunos, os manuais, os programas e os professores. A avaliação das escolas deve ser universalizada e tornar-se uma prática regular”.

QUESTÃO: Isto não é o que se tem feito e que todos os partidos defendem?

4. “Os alunos devem ser avaliados de uma forma sistemática, regular, e exigente”.

QUESTÃO: Pode haver afirmação mais trivial do que esta?

5. “O CDS defende o princípio da avaliação dos professores e entende que é necessário defender o seu prestígio social.”

QUESTÃO: Pode haver afirmações mais triviais ou demagógicas do que estas?

6. “Confundir deliberadamente tudo – por exemplo, a progressão dos professores na carreira e as notas que dão aos alunos; ou o mau desempenho de alguns, com a imagem de toda uma classe que é essencial ao futuro do país -, foi um erro político voluntário e forçado”.

QUESTÃO: “Erro político”? Ou erro técnico?

7. “A avaliação dos docentes […] terá de ser feita sem prejudicar o ano escolar, reclama uma base hierárquica, não se confunde com “avaliações” sem competências específicas e precisa de um sistema de arbitragem.”

QUESTÃO: Pode haver uma sequências de afirmações mais enigmáticas do que estas? (sublinhei uma delas…).
NOTA: Mais adiante lê-se: “A avaliação dos professores na escola pública deve ser inspirada no modelo em vigor no Ensino Particular e Cooperativo”. Mas então não explicam esse modelo no Programa? (Fui à procura na Internet e não encontrei. Alguém me ajuda?)

8. “Um dos muitos erros que foi cometido pelo Ministério da Educação foi o da divisão da carreira docente entre professores e professores titulares, sem que haja critérios compreensíveis para o efeito”.

QUESTÃO: Mas se houver “critérios compreensíveis para o efeito” já fará sentido a “divisão da carreira docente entre professores e professores titulares”. Certo? Mas então que critérios são esses?

9. “Deve ser considerado o desdobramento das aulas de Português e Matemática em teórico-práticas e práticas”.
QUESTÃO. Aqui está uma proposta concreta. Ou seja, para o CDS deve haver aulas mais expositivas e aulas com maior intervenção dos alunos. Mas isto não é o que se faz há muitos anos? É preciso pôr o Ministério a legislar sobre isto? Para quem quer o Ministério longe das escolas não está mal...!

10. “O ensino destas duas disciplinas [Português e Matemática] no ensino básico deve utilizar a memorização e a mecanização como elementos fundamentais na aprendizagem, tendo em conta a importância da compreensão da mecânica das relações e o contexto dos problemas”.

QUESTÃO: Podemos chamar a esta afirmação uma “afirmação mecânica”? Em que é que a “mecânica” do Português e da Matemática é diferente da “mecânica” da Física (as leis da Física…), da Geografia (quais os rios de Portugal?...), da História (Quais os reis de Portugal?...), etc.?

11. O CDS propõe-se “Criar aulas de língua portuguesa para estrangeiros”.

QUESTÃO: Mas se eles já existem o que se deve fazer? Considerar a sua existência mérito do CDS?


CONCLUSÃO: Quem vota CDS ou defende a privatização completa do ensino ou passa um cheque em branco a este partido.

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