Não me recordo de ter lido nenhum livro de Lídia Jorge. Nem sequer uma crónica ou um texto mais curto. Tinha-a ouvido falar há muito tempo num programa qualquer de televisão. Mas na apresentação do Contrato Sentimental lançado há duas semanas gostei de a ouvir falar. E quando li as duas primeiras linhas que transcrevo decidi ler um pouco mais e finalmente comprar o livro para ler mais e à vontade:
“Muitos são aqueles que apresentam razões fortes para duvidar, mas eu tenho a certeza que Portugal existe”.
Mais adiante diz a autora:
“Vou procurar traduzir para português o que o poeta José Emílio Pacheco pensou em castelhano do México.
Não amo a minha pátria.
O seu fulgor abstracto é inacessível.
Porém (ainda que soe mal) daria a minha vida
Por dez dos seus lugares, certas pessoas,
Portos, bosques de pinheiros, fortalezas,
Uma cidade desfeita, cinzenta, monstruosa,
Várias figuras da sua história, montanhas
E três ou quatro rios.
Eu também.”
E eu também.
domingo, 27 de setembro de 2009
ELOGIO DO CONTRATO SENTIMENTAL DE LÍDIA JORGE...
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Manuel
ResponderEliminargosto muito, mesmo muito da Lídia Jorge, quer como escritora, quer como pessoa. Foi minha professora de Português em 1973/1974, na Beira, em Moçambique e foi daquelas professoras que me marcou para a vida (sempre a importância dos professores e não sei como há quem não reconheça tal...). Li todos os livros dela à excepção deste último. Os meus preferidos são "O Cais das Merendas", que foi o seu segundo livro, uma obra prima ignorada, "O Vento Assobiando nas Gruas" e um pequeno conto maravilhoso "A Instrumentalina". Quando puderes lê e depois trocamos umas ideias sobre o assunto, como diria o Mário de Carvalho.
Dimi