domingo, 17 de maio de 2009

AINDA O 25 DE ABRIL... DE 2009 (no Jardim de S. Pedro de Alcântara)!



Alguns e algumas dos que aparecem na fotografia (provavelmente todos) e outros que subiram ao palco incluídos noutras bandas, passaram as suas primeiras doze ou treze comemorações do 25 de Abril a descer a Avenida da Liberdade a partir das 15 horas sob a condição de, no final, saborearem um gelado! Enquanto este chegava e não chegava entretinham-se a desfolhar os cravos que o pai lhes punha na mão, a rodear a chaimite que encabeça sempre a manifestação (qual brinquedo gigante que se costuma ver nos filmes), a observar, de cansaço, grupos de pessoas que teimam em gritar coisas do tipo “somos muitos, muitos mil a continuar Abril!”. Nos últimos anos já nem a promessa de dois gelados os convencia a passear ao (frequente e às vezes forte) sol da avenida!
As crianças cresceram, desenvolveram interesses, harmonizaram vozes e guitarras e aí estão eles não em cima de uma chaimite mas de um palco a gritar, antes de iniciarem o “concerto”, coisas do tipo “mãe, estou aqui!”. Claro que estavam lá as mães, os pais, os irmãos, os tios, os amigos, digamos quase o mundo inteiro! Os jovens cantores devem ter-se lembrado da história antiga deste dia porque a meio de uma música gritavam “o povo unido jamais será vencido!”. E não faltaram os cravos lançados para o palco (pela organização, claro, não pela vendedora de flores que colocou os cravos nas espingardas dos militares!).
Em suma: as revoluções têm muitas ocasiões, muitas circunstâncias, muitos actores. E para que conste, aqui ficam alguns nomes por ordem alfabética: o João (na Guitarra), a Júlia (na bateria), o Lourenço (no baixo mas que não aparece na fotografia), o Marcelo (na guitarra e na voz), a Maria (na guitarra por detrás do apresentador à esquerda), o Pedro (no teclado e na voz).

17/05/08, 11h 55m.

1 comentário:

  1. A propósito dos 50 anos do Monumento ao Cristo Rei


    “De braços abertos”

    Hoje vi na televisão a comemoração dos cinquenta anos do monumento ao Cristo Rei. Veio-me à memória um tempo, em que andando na escola tive a oportunidade de visitar o monumento ao Cristo Rei. Recordo-me de uma imagem grandiosa, imensa, inatingível. Creio que na altura, pensei um pouco nos seus longos braços abertos a acolher-nos sem distinção.
    Hoje, lembrei-me disso e também da canção de Sérgio Godinho, “Canção dos abraços”. Vale a pena escutá-la!
    É de uma expressividade imensa, o gesto simples de um abraço. O que nos diz o Cristo Rei de braços abertos há cinquenta anos? Será possível fazermos uma cidade mais capaz de abraçar todos, e, em especial, quem é mais desprezado ou abandonado? Será possível fazer uma cidade mais solidária e mais atenta ao outro? Acredito que há vezes, um abraço é tudo o que precisamos. Estejamos pois, mais atentos, porque Ele, lá do alto, estará sempre disponível para nos abraçar.

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