domingo, 13 de dezembro de 2009

FILMES E REALIDADES FAMILIARES… (II)

A dinâmica da vida familiar pertence à Avó. Na cozinha, nas refeições, nas conversas com todos os membros da família, na relação com o Avô, na atitude perante o jovem (adulto) que foi salvo pelo filho que morreu... As mulheres falam, tratam da casa, lavam a loiça, tratam das crianças; os homens (entre os quais Ryo, o filho que, aos olhos do pai, nunca conseguiu substituir o mais velho que morreu ao salvar uma criança) ruminam ou estão distantes. Entre as crianças destaca-se o filho da viúva que casou com Ryo. Ele estabelece a ligação entre a mãe e Ryo e entre este e o Avô. O Avô quer que ele seja médico mas ele quer ser afinador de pianos como o pai.
Os diálogos pausados, o silêncio que acompanha as caminhadas que levam ao cemitério, a música da guitarra clássica que ocasionalmente irrompe, o quase aroma do milho e dos legumes, o sol e o calor daquele dia, as cores das flores e das borboletas, o comboio que separa as casas do mar, fazem com que este filme mostre a condição humana universal.

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