quarta-feira, 8 de julho de 2009

Um ano da escola até casa

O caminho é curto. Sai-se do portão toma-se a direita duas vezes e entra-se na rua dos jacarandás. Ao fundo destaca-se a fonte iluminada com os repuxos em parábolas que correm para um Neptuno qualquer. Até lá vêem-se muitas caras mas ainda não reconheço nenhuma excepto o rapaz sentado ao lado da loja que, em geral, está olhando para o chão e que de vez em quando passeia para baixo e para cima não mais de vinte metros. Por vezes grita mas não consigo identificar a mensagem. Faço a rotunda normalmente pela direita. Desço cem metros e aí tomo a esquerda, digo "boa noite!" ao dono do hotel que fuma no local adequado, e quando volto novamente à direita vejo logo o prédio amarelo. O mais difícil são os sessenta e quatro degraus que separam o chão do nível da minha porta há quase um ano. Sim, um ano!
B.R.

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