domingo, 28 de fevereiro de 2010

UM HOMEM SINGULAR...PORQUÊ?

A música é um elemento sempre presente, muito forte e muito bela...
A casa é uma obra de arte...
A literatura é o pretexto para falar da vida...
O homem ficou só e foi construindo a sua solidão...
A sua preparação para a morte é evidente...
Mas ela só vem quando é chegada a hora...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

REI-ÉDIPO: HINO À LUZ...


...
ÉDIPO
Ó Tirésias, tu que compreendes todas as coisas, as lícitas e as ilícitas, as do céu e as da terra, bem sabes, embora privado da luz dos olhos, de que mal sofre a cidade; e só a ti encontrámos para nos proteger e nos salvar. Com efeito, Febo - e já talvez estes to tivessem dito- respondeu aos nossos enviados que a única maneira de nos livrarmos da doença era matar os assassinos de Laio ou exilá-los da cidade. Não nos recuses os augúrios das aves nem as outras adivinhações; salva a cidade, salva-te a ti próprio e a mim; lava esta impureza que ficou pela morte do homem que mataram. De ti depende a nossa salvação; não há tarefa mais gloriosa para um homem do que pôr a sua ciência e o seu poder ao serviço dos outros homens.
TIRÉSIAS
Ai de mim! Como é terrível saber, quando o saber é inútil. Tudo
sabia, e tudo esqueci; de outro modo, não teria vindo.
...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

AVENTURAS RADICAIS...

Quatro amigos partem de bicicleta para o Sul. Com um carro de apoio. O sol está encoberto e o frio aperta. Após atravessarem o Tejo entre Lisboa e o Barreiro tomam a direcção de Setúbal. Com algumas paragens pelo meio chegam ao barco que os leva para Tróia. O frio e o vento continuam a fazer-se sentir... A estrada parece plana mas o vento dificulta o avanço. Por volta das três horas chegam ao Parque. A preparação do jantar coincide com o início da chuva. Não há casas disponíveis e a tenda acaba por ser o único recurso. A lareira permite secar a roupa e aquecer os pés. A noite é marcada por alguma ventania nas árvores e bastante chuva.
Na manhã seguinte a partida para Porto Covo é às oito horas e a chuva e o frio não arredam pé. Para os menos habituados o assento da bicicleta começa a marcar presença... Desta vez há casa no Parque. Com lareira para secar a roupa e voltar a aquecer os pés.
A chuva persiste na partida para a terceira etapa mais longa do que as anteriores. A direcção é sudeste com passagem por Cercal e Ourique. O Monte a alçançar exige ainda três vagarosas subidas. Chegamos antes das quatro da tarde. Quase exaustos.
O calor da lareira, a sopa caseira e o vinho que os amigos nos trazem fazem esquecer a dura viagem. A apresentação das plantas arrancadas às pedras do monte e dos projectos para melhorar as condições da casa estimulam a vontade de descansar e ficar por uns tempos... Mas o progama exige que por volta das seis da madrugada os aventureiros partam de noite com a bicicleta pela mão à procura do combóio que os levará de regresso a Lisboa...

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

ELOGIO DE UM LUGAR...

Um terraço em Lisboa, o rio ali ao pé, o sol a brilhar...
É feito destas coisas o lugar de que falo...
Não conheço muitos lugares destes na "minha aldeia"... Sim, "é o Tejo que corre na minha aldeia"...
Os barcos que vêm do sul encostam ali, à nossa frente...
As gaivotas sobrevoam os telhados e os pássaros almoçam mesmo à nossa beira...
A ponte fica à direita suficientemente longe para não incomodar...
À esquerda, na outra margem, vejo sinais urbanos não sei se do Barreiro ou do Seixal...
O céu azul deixa que o sol apague a saudade do calor na pele, apesar da aragem fresca...
É bom registar a impressão de certos lugares...

sábado, 6 de fevereiro de 2010

HOMERO VENTURA (1956-2010)

Foi às 12h a hora marcada. As palavras de despedida pertenceram ao padre. A mulher ajeitou o manto branco que lhe cobria o rosto e deixou-lhe aos pés as últimas rosas vermelhas. A mãe beijou-o e disse-lhe adeus. O sol continuou a brilhar.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

AINDA UMA QUESTÃO SOBRE O CASAMENTO...

Alguém escreve num comentário:

"Talvez já vá um pouco tarde para opinar sobre esta questão. Mas o que me parece é que ninguém tem o direito de colocar em referendo a liberdade de outras pessoas. Não é só uma questão direita/ esquerda. Eu iria recusar-me a votar sobre a liberdade de alguem".

Nunca é tarde para dar opinião sobre qualquer assunto.
A questão do casamento não é só uma questão de liberdade mas de direito: trata-se de alterar uma lei ou criar uma lei nova. O referendo é uma forma de "democracia directa" ou de "democracia participativa" com implicações directas nas leis associadas a determinada questão. Acontece que a exigência de referendo é, em geral, feita por parte dos que se opõem à alteração de uma lei. Como as alterações às leis significam mudança de leis, de costumes e de modos de agir e pensar encontram sempre muitas resistências. Falar de "direita" e de "esquerda" é talvez simplificar demais...
MB

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

NINE - ELOGIO DE UM FILME...

A música, a dança, a história de um homem que foi criança, amor de mãe, amor de mulher, amores escondidos... Está tudo lá!
"Faz-se uma coisa errada e a partir daí tudo é errado..." - A ideia de destino persegue-nos. Precisamos de a substituir pelo imperativo: "Acção!". De preferência levando ao colo a criança que fomos...